Além de pesar no bolso dos infratores, o excesso de velocidade tem reflexo direto nas ocorrências de acidentes
As estatísticas das infrações registradas no trânsito de Joinville em 2012 vão terminar com números abaixo dos índices registrados nos últimos dois anos. Mas o ranking da imprudência ainda terá o excesso de velocidade como absoluto no topo da lista: entre janeiro e novembro, foram emitidas 43.746 notificações para quem pisou mais fundo no acelerador do que o permitido.
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| Foto: Rodrigo Philipps / Agencia RBS |
O montante representa quase 40% de todas as multas contabilizadas pelo Ittran no ano. O número inclui apenas casos de infrações que ficaram até 20% acima da velocidade máxima autorizada – outras 6.535 multas penalizaram motoristas ainda mais apressados.
Além de pesar no bolso dos infratores, o excesso de velocidade tem reflexo direto nas ocorrências de acidentes, alerta o diretor de trânsito do Ittran, Ivo Vanderlinde.
— Nossos estudos mostram que a maioria dos acidentes estão relacionados a isso — diz o diretor.
A tendência, observa Vanderlinde, é que as infrações por casos de velocidade excessiva continuem no topo das multas aplicadas porque são as mais combatidas pela fiscalização.
— As multas aparecem onde a fiscalização aperta. Foi assim durante as campanhas em respeito ao corredor exclusivo e à faixa de pedestre — exemplifica.
Na opinião do diretor, apenas campanhas de conscientização não bastam para reduzir as ocorrências.
— Tem que fiscalizar junto — reforça Vanderlinde.
Controle na prática
Quem diz ter sentido o resultado da fiscalização na prática é a aposentada Hilda Hattelhau, 86 anos, moradora da rua Blumenau. Segundo ela, apesar de ainda ser uma situação comum, menos carros passaram em alta velocidade na rua após a instalação de um radar.
— A gente até já se acostumou com carros passando rápido. Depois da instalação do radar, melhorou muito. Mas aí eles vêm com tudo e freiam em cima. Semana passada, quase bateram — conta a aposentada.
A segunda multa mais aplicada pelo Ittran tem como alvo veículos estacionados de forma irregular na Zona Azul. Conforme Vanderlinde, os números são expressivos porque somam desde automóveis parados em áreas proibidas até motoristas que estacionam sem deixar o cartão à mostra no parabrisa.
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